Memórias

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sábado, 17 de outubro de 2015

Inconfidencias

Além da amizade que mostravam ter onde estivessem, tinham no seu dia-a-dia, que ser bons amigos; confiantes um no outro, leais e fiéis.
O negócio que geriam (sociedade) só com estas condições poderia ter os resultados que ambicionavam e que realmente estavam a obter.

Tinham nascido e crescido na mesma vila, as idades eram quase iguais e os comportamentos como crianças, jovens e homens, pouco divergia entre ambos.
Estava criada uma amizade que é difícil de igualar e de onde obtinham óptimos resultados no negócio que tinham iniciado juntos.

A vida familiar de cada um era vista como exemplar, mas vividas com independência total ao negócio que os juntara. Habitavam em zonas diferentes e a amizade era utilizada no seu negócio e sem qualquer outra necessidade.

Admirados como “construtores” de um futuro promissor, nos negócios e na família, eram respeitados e olhados como um exemplo a seguir.

Como nas grandes obras, poderá haver uma falha na construção do edifício. A qualidade do material aplicado ou a forma da sua aplicação faz ruir aquilo que parece ser quase eterno.

Quase por acaso, o sócio mais velho encontrou produtos do negócio que tinham, em local que não era do seu conhecimento. Aprofundando o porquê desta realidade, ficou a saber que aquele em quem depositara toda a confiança e lealdade o andava a trair com vendas paralelas e em benefício próprio.

São inconfidências assim que fazem ruir sonhos e obrigar a olhar de lado para todos, mesmo para os de verdadeira amizade.


Nota: Texto de teor imaginativo com matéria real.

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