Todas
as histórias começam por: era uma vez…
A diferença desta para as outras histórias está em: foi uma vez… um menino com
onze anos, trabalhar como ajudante de pastor de ovelhas.
Habitava com os pais e irmãos uma parte da “casa” onde ficavam as ovelhas, o
que lhe dava alguma facilidade para ás quatro horas da manhã as ordenhar
juntamente com o pastor. Era só saltar a cancela e estava no local de trabalho.
A seguir á ordenha saía com o rebanho para os “pastos”. Tinha que fazer a sua
guarda em locais de hortas e que era uma tentação para as ovelhas se
“desenfiarem” e comerem as hortaliças. Quando isto acontecia, o velho (pastor)
tentava aliviar os seus maus humores no corpo do seu ajudante.
Não se pode falar em horas de refeição nem da sua qualidade. A vida de pastor
não tem horários e só as estações do ano variam os hábitos.
Muitas crianças com onze anos andavam na escola, brincavam ou aguardavam que
chegasse a idade para aprenderem uma profissão. Esta criança, começou
prematuramente a aprender que, na vida, só se obtém alguma coisa do que se
pretende, vencendo as dificuldades do dia-a-dia (inclui a chacota dos outros, o
vestir e calçar de mendigo, os maus tratos…).
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